sábado, 21 de janeiro de 2012

Quando me vi tendo de viver comigo apenas (e com o mundo)




QUANDO ME VI TENDO DE VIVER COMIGO APENAS 
(E COM O MUNDO)


Conhece-te a ti mesmo
E se eu não gostar do que encontrar dentro do espelho?
Ignora-te a ti mesmo
Alone
Eu só queria esquecer tudo
Mas, como, se quando olho ao redor só vejo minhas sombras?
Eu queria poder de tudo lembrar
Mas, como, se meu reflexo se dissolve na solidão de um espelho?
Tardes, noites, sozinho, desligado, alheio, distante.

Eu, eu mesmo: e eu again
Eu, eu mesmo: against me
Eu fui e deixei meus amigos
Agora estes vão e fico aqui (sem eles)
Tenho pena de mim?
Não tenho pena de ninguém.

Continuo aqui, sempre assim
Sempre do mesmo jeito: nunca assim
Tão solúvel em pensamentos que vão e voltam,
como a transpassarem oceanos
Oceanos que estão dentro de mim
Abismos que me separam de mim e do outro
O que é senão o outro aquilo que vejo e penso ser, pra mim?
Não é nada além de um Mondego prateado pela lua

Aquelas noites parecem estar a quilômetros da memória
A quantas milhas, então, estariam as minhas lembranças?
Quantos céus me separam do retorno?
Eu retornei a mim mesmo
E agora, consciente de que nunca sereno estarei,
o que me resta?

Agora me resta um cubículo a ser abandonado,
Me resta lugares a serem conhecidos,
Me resta surpresas a serem vividas,
Me resta despedidas a serem choradas,
Me resta abraços a serem dados, one more time,
Me resta acabar com esta espera.

Ayer, maybe, eu deveria ter ido.




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