quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Brilho Eterno de uma Mente Amaldiçoada



Agora entendo: sofro de um mal! Uma maldição, uma verdadeira praga que alguém jogou em mim ou em algum dos meus antepassados, em alguma encruzilhada de minha gigantesca árvore genealógica. Sofro de um mal: por que me apaixono por todas as meninas que me olham e me encaram nos olhos? Por que me apaixono por todas as meninas que são [um pouco que seja] simpáticas comigo? Por que quando estou em um ônibus e vejo uma guria e a acho bonita, ou melhor, “compatível com minhas preferências”, e se esta olha o rapaz que está atrás de mim e, num desvio qualquer de percepção, penso que está me encarando, logo me vejo apaixonado por aquele olhar [que nem pra mim era...]? Paixão, paixão mesmo. Por que me perco em todas as mulheres que em mim despertam o mistério, que em mim despertam algo a se descobrir? Quero descobrir. Mas descobrir tanta coisa em tantas mulheres? Vou acabar me afogando em tanta água e acabarei não descobrindo nada, não desvelando o mistério de nenhuma de minhas amadas amantes. Sofro de um mal: por que todas as mulheres com as quais me envolvo e, simplesmente, “não dá certo”, se afastam de mim, deixamos de ser amigos e o clima se fecha? Sabedoria. Sim, uma maldição.
Na segunda me apaixonei de novo. Ontem já não era aquela paixão com “P” maiúsculo. Hoje talvez encontre outra paixão. Todo dia recomeço uma nova paixão. Todo dia a mesma solidão.

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